terça-feira, 30 de setembro de 2008

O mundo gira.

Era incrível com uma pessoa com apenas 1,53 metros de altura podia olhar os outros de cima. “Eu sou mais eu” falava como quem diz brincando algo que gostaria de dizer de maneira séria. Engraçado, mas todos nós ficávamos encantados por ela.
Não era muito bonita, mas tinha um corpo legal, sabia evidenciar o que tinha de melhor, as mulheres em geral não gostavam dela.
Ela era o tipo de pessoa que curte elogios, por isso era fácil agrada-la, mas mais fácil ainda irrita-la, reagia mal às críticas, de qualquer natureza, minimiza os seus erros, e raramente de desculpava. Tinha um namorado, o cara era meu camarada.
Ele era um estagiário e ela uma profissional respeitada apesar de jovem.
Era uma relação estranha mas perfeita para ela, ele era um homem submisso, numa posição profissional e financeira inferior à dela. Ela o pisava com seu salto alto e ele gostava. Ao fim ela o mastigou como um chiclete e quando perdeu o gosto o cuspiu numa lixeira qualquer.
Evidentemente do ponto de vista de ambos a culpa não era dela.

Como uma mulher prática que era acabou se casando com um coroa rico, no caso um dos clientes do escritório. Porém segundo a lenda, continua mastigando estagiários de vez em quando.

Eu nessa época também estagiário, também fui encantado por ela. “Eu sou mais eu” repetia. Eu concordava vidrado nos seios pequenos, mas tão arrebitados quanto o nariz dela.
Num dia de bebedeira no Baixo Gávea, um chope para cá, uma caipirinha para lá, olhares, palavras ao pé do ouvido, ficamos. Perdi um amigo à toa.
Meu encanto por ela durou muito pouco, fui me cansando rápido, talvez justamente por tê-la conhecido melhor. Ouvir uma pessoa sempre falar dela mesma na maioria das vezes se auto-elogiando irrita qualquer um com o mínimo de bom senso... Não que ela fosse uma má pessoa comigo, mas não deu pra aturar.

“Ela tem personalidade forte” diziam as pessoas na época. Uma ova! Digo eu hoje, aprendi que quase sempre “personalidade forte” é um eufemismo para arrogância.

Como estava enrolado na faculdade precisei sair do estágio, perdendo contato com ambos, só que agora, para minha surpresa, estaremos os três novamente trabalhando juntos.
Eu fiz um projeto que a empresa dela vai gerenciar e ele executará a obra.

Ela continua a mesma marrenta de sempre, Ele parece não ser mais o mesmo bundão de antes... Já eu continuo enrolado, só que dessa vez não é com a faculdade.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Segunda -feira





Segunda - feira não é dia de ficar pensando no que escrever, então fica instituido que toda segunda - feira postarei apenas imagens, salvo raras exeções.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Tá dando doce!


Como cria do subúrbio carioca ,o dia 27 de setembro me traz sempre uma boa lembrança dos tempos de infância.

Era uma balburdia, a horda de pequenos demônios tomavam as ruas correndo de lá para cá, era só o anuncio de que na rua de trás estavam dando doce, que lá ia molecada correndo. Invadiam prédios enlouquecendo os porteiros, irritando os vizinhos... Bons tempos.

Eu estava lá no meio engrossando a multidão, mochila nas costas para poder guardar tudo sem ter que voltar em casa, as vezes de bicicleta para poder chegar nas ruas ruas mais distantes de forma rápida.

Meus pais distribuíam doces, e na véspera ficávamos eu e minha irmã ajudando a encher os saquinhos, e lógico aproveitávamos para comer um ou outro doce que sobrava. Faziamos a distribuição sempre pela manhã e todos na vizinhança já sabiam e ficavam aguardando na portaria do edifício. Dávamos os doces e depois nos juntávamos à molecada na corrida atrás de mais.

Era uma felicidade correr atrás de doces. Em cada saquinho, surpresas que faziam a festa da criançada. Ah, que saudade daqueles doces de que recheavam os sacos de Cosme e Damião! Tinha cocada, branca, preta ou rosa, pé de moleque, cocô-de-rato, bananada, doce de abóbora em forma de coração, doce de batata, dadinho, pingo de leite, chiclete Ploc e/ou Ping-Pong, maria-mole, delicado, jujuba, bala Juquinha, bala de tamarindo, bala Toffe, suspiro, caramelo Embaré, moeda de chocolate, amendoim salgado ou doce, geléia de duas cores (amarela e vermelha), pirulito bola, torrone, paçoca... A cárie e a dor de barriga estavam garantidas!

Havia um terreiro de macumba, ou candomblé ou umbanda, sei lá o termo correto, que apesar das proibições feitas pela maioria das mães, a molecada ia para comer “doces de mesa”. Sempre rolava uma espectativa e um certo receio se algumas daquelas mulheres iam receber um santo bem ali. Era divertido aterrorizar os mais novos dizendo que se eles comessem os doces “pegariam o santo” também.

No fim do dia era chegar em casa e encher os potes com doces e contabilizaros o lucro e comparar com o dos amigos.

Essa é uma das poucas tradições folclórico-religiosas que ainda vejo acontecer em toda a sua efervescência nas cidades grandes, um dos maiores exemplos do sincretismo religioso da nossa cultura.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Preparem os ouvidos

Nove Mil Anjos
Imagine se o Junior, da SandyJunior, se juntasse com o Champignon, ex-Charliebraun, para formar uma banda de rock, recrutando o Peu, guitarrista da Pitty, e o vocalista Péricles (quem?) para completar o time.
Imagine agora que essa banda já existe e tem o nome de “Nove Mil Anjos”.
Vá além: imagine que eles estão sendo gravados em Los Angeles, com um produtor que já trabalhou com a Shakira, o Ricky Martin e a Gloria Estefan).

Retirado do Trabalho Sujo.

Tá na cara que é uma banda formada e formatada, para vender disco. Até aí tudo bem tem um monte delas tocando nas rádios aqui e no exterior. O problema é o tal Junior, o cara já tá com o rabo cheio de dinheiro, já é famoso, Já tem milhares de fãs. Por que diabos o cara entra numa banda dessas?

Pensem bem, o cara pode ser dar ao luxo de fazer o que quiser, não precisa mais trabalhar, não precisas da música para ganhar grana ou fama. E se curte mesmo música, porque não se dedicar a algo melhor, mesmo que ele erre que só faça merda, pelo menos estaria fazendo algo autentico e não fabricado para um determinado mercado...

Do que ele tem medo? Das críticas? Provavelmente essa bandinha dele já deve estar sendo
massacrada antes mesmos das pessoas ouvirem as músicas.

Só posso pensar que o cara quer mesmo é o sucesso, tocar nas rádios, ser popstar e tal, nada que muito jabá não consiga, mas só não me venha com papo de trabalho autoral e tal.

Talvez a banda surpreenda e faça um som bom... Mas de qualquer jeito já nasce com a alma vendida ao diabo.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Ainda sobre o Orgasmo Fingido...

Ainda sobre o assunto anterior e a piada infame no poema do Fernando Pessoa. Foi puro sarcasmo, um pouco de cinismo até, agora vou tentar explicar melhor o que penso a respeito desse tema:

A maioria dos homens acham que são o máximo na cama, porém a segurança masculina é pura fachada, nós nos borramos de medo de brochar ou de mandar mal. Nenhum homem gosta de discuti r seu desempenho sexual com a mulher, a não ser que seja para receber elogios mesmo que mentirosos, como os do tipo:”Nossa como é grande!” Mesmo sabendo que é uma mentira deslavada os homens gostam de ouvir. Por isso o orgasmo falso não é nenhuma ofensa ao homem pelo contrario as vezes é até um favor.

Um orgasmo fingindo pode ser um ato de amor, de generosidade ou no mínimo condescendência. A mulher que finge, o faz na esperança de não decepcionar o parceiro. Porque, amigos e amigas, já nos diz a velha máxima (grosseira, mas verdadeira) “Não existe mulher fria, o que existe é mulher mal esquentada”.
Então se a mulher não atinge o esperado clímax pode-se colocar pelo menos setenta por cento da culpa no camarada que está ali em cima dela (ou embaixo, do lado, na posição que preferirem).
A mulher pode fingir um orgasmo porque gosta tanto o sujeito que o sexo vira quase um mero detalhe, apenas uns dos aspectos da relação, não importa tanto, importa sim estar junto, enlaçados, os olhos dela brilham não tanto de volupia mas de amor, ela quer que o amado sinta que ela está satisfeita ao lado dele, porque o amor supera tudo até incompatibilidade sexual. Nesse casos fingir o orgasmo é sim um ato e amor.
A mulher pode fingir também porque mesmo o sexo sendo ruim ela se entrega e faz seu teatro para agradar o parceiro, essas são as generosas. Dão sem receber nada em troca.
As condescendentes fingem por pena do sujeito ali se esforçando tanto, elas fingem para não ter que explicar que foi ruim.

É claro que o amante atento vai saber identificar um verdadeiro de um falso, ele percebe por um arrepio característico, por um gesto, um olhar um, rubor no rosto... Mas nem por isso vai criar caso se perceber que ela está fingindo, vai aceitar numa boa porque sabe que aquilo é para agrada-lo.

Mulheres, os homens precisam ser treinados e adestrados, é preciso ensinar aos inexperientes, acalmar os afoitos, guiar os perdidos, indicar o caminho... Se ainda assim não for legal, aplique-lhes um belo orgasmos fingido, de um adeus e até a vista.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Parafraseando

A mulher é um fingidora.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é orgasmo
O orgasmo que deveras sente.

Obs.:
Na minha humilde opinião, mais vale um orgasmo fingido do que uma dor de cabeça simulada.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Contraste

O encontro da mulher com as maiores pernas do mundo (1,32 cm só de perna) com o menor homem do mundo (74,6 cm de altura)! As pernas mulher são tão grandes que o baixinho fica na altura do joelho da galalau!

O cara é pequeno mais não é bobo: Reparem no olhar do mini-man aos 12 segundos de vídeo, qual terá sido a visão?

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Bicho Ruim

Ela travestiu-se em cobra, bicho peçonhento.
Rastejando, sentindo o ar com a língua bipartida
Uma alquimia de sentimentos, transformando mágoas, inveja e rancores num veneno perigoso.
Estava na espreita a espera da presa, serpente humana, como se estivesse enrolada sobre o próprio corpo, armando o bote. Uma forte determinação em causar dor.
Os olhos ofídicos fixos na outra.
Sorrisos e acenos, aproximação.
A presa incauta, desprevenida mas não inocente espera com a tranquilidade dos que ignoram o perigo que vem de baixo, do chão onde rastejam as serpentes.
Mimetizadas com o ambiente se mostram apenas depois da picada. Somente aí que as vítimas as percebem, quando já é tarde, e arrependidas se perguntam por que não prestaram mais atenção.
Assim era ela naquela noite. Aparentemente nenhum perigo, mas por baixo do sorriso o veneno pulsava ansioso por se expelido contra o alvo.
Alguém mais atento e conhecedor das coisas femininas talvez percebesse nos olhos verdes, uma pupíla vertical, um sibilar estranho nas gargalhadas, um chocalhar de cascavel nas pulseiras grssas nos pulsos.
As duas se encontram, vítima e predadora, frente a frente, beijos estalados nas faces.
Rápida ela ataca, pela boca como todas as serpentes.
Palavras encadeadas, misturando algumas mentiras com verdades constrangedoras, tudo num tom de trivialidade muito bem dissimulada. Formando um veneno poderoso, peçonha que contamina não o sangue, mas a alma. Penetra pelos ouvidos fazendo chegar ao cérebro, estrago está feito atingido o coração. Impossível não sentir o golpe, se afastam.
Como se nada de mal tivesse feito, a fera realizada, se afasta serpenteando satisfeita, misturando-se às outras pessoas, trocando novos sorrisos e acenos, enquanto volta a ser apenas mulher, mas nem por isso menos perigosa.
Porque bicho ruim permanece lá em meio aos seus instintos. Latente, esperando uma nova oportunidade de se manifestar.

Parabéns

terça-feira, 9 de setembro de 2008

dúvidas

... Depois que os dois saíram e de mais algumas biritas a conversa descambou para o relacionamento entre casais que estão juntos há muito tempo. Todos opinaram, cada um defendendo a sua suposta "tese", sobre a evolução dos sentimentos numa relação longa.
Bom, toda aquela conversa de bebum, como é de praxe, não chegou a conclusão alguma, porém ao retornar pra casa (ainda sobre efeito da quantidade considerável de alcool que tinha ingerido) Algumas questões permaneceram na minha cabeça e, incrivelmente, hoje acordei, ainda, pensando nisso...

A paixão que normalmente inicia uma relação "evolui" pra se tornar amor?
E quando é que a paixão vira amor?
Por que amor seria melhor que paixão?
Casais não confundem amor com acomodação?
A paixão seria um leão que amansa com o tempo, para depois ronronar confortavelmente no colchão de um relacionamento estável?
Casais que assistem ao Telecine no sofá da sala comendo pipoca com Coca light, e depois conversam enquanto lavam pratos, merecem minha pena ou admiração?
Alguém se arrisca a responder?

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Eu não sou cachorro não


Morreu hoje O cantor e compositor Waldick Soreano, figuraça, que (bom) gosto a parte, Foi um personagem importante da cultura popular brasileira.

Em entrevista ao Globo Online, Waldick lembrou de como fez seu primeiro sucesso:

“Eu já tinha me mudado para o Rio e morava na Ilha do Governador, onde criava 11 cachorros. Fui fazer uma gravação em São Paulo e depois, para comemorar, fomos a um boteco. Então meu maestro perguntou por que em não fazia uma canção em homenagem aos cachorros. Na hora pensei: Posso levar isso para outro universo. E deu no que deu.”

Deu em "Eu não sou cachorro não". Todo mundo já ouviu ou usou essa expressão alguma vez na vida, provavelmente com algum sarcasmo ou ironia... Mas o que vale é a marca que esse cara deixou.

Esse era Tosco de raiz, Com seu visual inspirado no Durango Kid.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Mutações

Sempre somos o que queremos?
Somos resultado do que pensamos?
Pensamos o que queremos?
Fazemos o que Pensamos?
Sonho com o que poderia ter sido
Com o que poderia ter feito
Bobagem!

Precisamos estar prontos,
Para a qualquer momento
Sacrificar o que somos
Pelo que poderíamos vir a ser
Precisamos estar prontos para atacar
O que somos
Até passar a desprezar
O que fomos

Talvez até esquecer que fomos assim
Mas não esquecer que pudemos mudar
Deixar o que fomos pelo que somos
Em uma constante, porém mutável
Sobreposição de seres
Apesar de ser presente
Se transformar em passado
Sem saber o que esperar do futuro

Somos administradores de nós mesmos
Por isso é preciso dizer:
Seja o que você quiser
Mesmo sendo vários, isso é você
Assim entre acidentes e incidentes
Surge a cada escolha
Um renovado ser

Obs.: Esse post foi feito inspirado em um poema que eu li há algum tempo e não me lembrava dele direito e fiz minha (pretenciosa) versão.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Enchendo linguiça.

Segunda Feira: Dia de cerebro lento e pouco tempo, uma piadinha pro blog não ficar abandonado:

O diretor de produção, o diretor de marketing e o
presidente de uma empresa
estacionaram o carro e estão a caminho de uma
reunião.
Ao atravessarem um parque, encontram uma lâmpada
antiga.
Esfregam a lâmpada e de repente aparece um gênio. O
gênio lhes diz
- "Só tenho 3 desejos, por isso, cada um só pode
pedir 1 desejo".
O diretor de produção diz logo
- "Eu primeiro, eu primeiro!" - e exprime o desejo:
Eu quero estar nas Bahamas, ao volante de um barco
ultra-rápido e muito
E puff!!! Partiu.
- "Agora eu, agora eu!!!" - grita o diretor de
marketing.
"Eu quero estar no caribe, rodeado das mais
belas mulheres, com uma
fonte inesgotável de cocktails exóticos e muito
dinheiro na conta".
Puff!!! Partiu.
Em seguida diz o gênio ao presidente da empresa:
- "É a sua vez".
O presidente diz: - "Cancele os pedidos deles.Eu
quero estes dois cretinos
de volta ao trabalho depois do almoço!"

MORAL DA HISTORIA:
Não seja idiota.
Deixe sempre o chefe falar primeiro